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Os pastéis de Belém


Olá pessoal, a duas semanas aproveitamos um belo domingo de sol para ir à baixa (não somos fans de calor, mas encaramos as altas temperaturas e criamos coragem de turistar por Lisboa). Com as temperaturas diárias acima dos 25ºC não tínhamos coragem de sair e passear ao ar livre, mas agora com as previsões futuras conseguiremos trazer um pouco mais da bela capital portuguesa para vocês.

Nossa meta era comer os tão falados pastéis de Belém, pois estamos aqui a mais de dois meses, e é quase um absurdo você não fazer isto nos seus primeiros dias de Lisboa. Estamos acostumados a caminhar, mas desta vez optamos pelo transporte público e não nos arrependemos, foi nossa melhor escolha. Como sempre, meio perdidos e buscando conhecer o máximo dos arredores de nossos destinos, descemos uma estação à frente de onde deveríamos desembarcar, isto caiu como uma luva.

Pudemos caminhar ao longo da costa e conhecer um pouco mais dessa deslumbrante paisagem. Nossa primeira visita foi ao espaço da Fundação Champalimaud (Champalimaud Centre for the Unknown), que tem um design super futurístico e um imenso jardim dentro de suas instalações, é realmente algo que ainda não tínhamos visto igual, os prédios arredondados e a disposição em que eles foram construídos nos coloca em tempo muito a frente ao nosso e, preciso admitir, não sou muito fã do novo, gosto muito do antigo, rústico, mas essa construção me deixou de queixo caído (Daniel).

Após andarmos pelo espaço e tirarmos algumas fotos, seguimos nosso rumo e fomos em direção a Torre de Belém, sim, o antigo que tanto gosto. É uma bela construção e automaticamente nos teleporta para uma época antiga e cheia de aventuras, é muito interessante tentar imaginar como as coisas funcionavam ali dentro, o que passava pela cabeça das pessoas que faziam suas guardas dia e noite, que embarcavam ali, que desembarcavam, é sem sombra de dúvidas uma super viagem no tempo. Para a nossa surpresa, os pastéis de Belém não ficam tão próximos a torre, sendo assim, continuamos nossa caminhada. Antes de chegar ao nosso destino, pudemos deleitar nossos olhos com os belos Jardins, da Praça do Império, de Belém e Afonso de Albuquerque, são três espaços de muito verde e um ótimo 'point' para um pique-nique, o que mais nos deixou boquiabertos é que são espaços públicos e abertos e, não há depredação, não há lixo, funciona tudo tão bem.

Não gosto de fazer comparações ou mesmo falar mal do Brasil, mas me recordo que o Parque do Ibirapuera tinha tudo para ser muito melhor que isso, mas não, é todo cercado por grades, com cantos que fedem a urina e com tipos que você acha que vão te assaltar a qualquer momento, enfim, (Desculpem o desabafo). Logo ao lado do Jardim da Praça do Império fica o Mosteiro dos Jerônimos, mais uma construção que deixa qualquer um de boca aberta, não só pelo tamanho, mas por suas riquezas em detalhes e pela expressão cultural que todo o pavimento nos passa.

Andamos mais alguns metros e eis que chegamos a tão esperada pastelaria, a fila do 'take away' nos assustou, mas foi só a primeira impressão (ela andou muito rápido) e, foi exatamente o que esperávamos e acredito que até mais, os pastéis são de fato, divinos. A vontade é de comer pelo menos uns dez de uma vez só, a crocância da massa, o recheio macio e saboroso, é de longe um dos melhores doce que já comemos. Terminamos nossos pastéis e seguimos rumo ao Miradouro de Santa Catarina, um ponto do Bairro Alto que nos proporciona uma das mais lindas vistas de Lisboa.

Fomos de trem até a estação mais próxima e dali fomos a pé (nada mais justo para gastarmos as calorias que a massa folhada nos proporcionou), um outro ponto muito bacana é que a estação de trem é somente um par de plataformas, sem catracas, sem roletas, sem pessoas cobrando passagens, existe somente um leitor para que você aproxime seu cartão antes de entrar no trem, a estação é aberta a quem precisar se abrigar, de um sol ou uma chuva muito fortes, por exemplo, e acreditem, funciona perfeitamente, pelo menos o tempo que ficamos ali aguardando a condução, não vimos ninguém tentar burlar a viagem. Isso nos enche os olhos. Chegamos em nossa estação e foi só subir o morro, o grande morro, o cansativo morro até o mirante. A vista é uma das mais belas, pudemos assistir ao pôr do sol e depois seguimos vagarosamente para a nossa casa. Foi um dia muito proveitoso e que rendeu ótimas imagens e lembranças.

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