Meu nome é Maiara, brasileira, casada com Rafael também brasileiro. Juntos há mais de 7 anos sempre nutrimos a vontade de iniciar viagens fora do Brasil, ele como fotógrafo sempre em busca de grandes paisagens. Com isso em março de 2015 decidimos fazer na raça (sem agência de turismo) uma viagem de uma semana para Santiago do Chile. Claro que recebemos dicas de amigos que já foram e, próximo a data da viagem o Rafa elaborou nosso roteiro. Eu animadíssima e na esperança de poder conhecer as Cordilheiras e até disposta a uma aventura na neve! Chegamos na segunda-feira da primeira semana de setembro e fomos para o Apart-hotel, de início sentimos que estávamos na capital São Paulo, povo sempre na correria, muitos carros, grandes edifícios, construções modernas misturadas ao centro histórico de Santiago.
A cidade dispõe de dois shoppings, o Costanera Center e o Parque Arauco, para fazermos cambio do dinheiro conhecemos o Costanera, que fica em um edifício arranha céu de Santiago. Ao fundo podemos ver com tempo limpo as Cordilheiras do Andes.
O Mercado Central, bem menor do que o de São Paulo, funciona com feira de peixes, frutos do mar, moluscos e especiarias para culinária local, também com barracas de artesanatos, roupas e lembrancinhas típicas da região.
Restaurantes e lanchonetes com todos os tipos de bebidas para acolher os visitantes.
Os chilenos são muito solícitos com os turistas, nos sentimos acolhidos e, a cada dúvida, quando parávamos alguém na rua recebíamos dicas e orientações para não se perder. Andando pelas ruas de Santiago podemos observar que há um cuidado especial com suas praças e jardins belíssimos, também com seus edifícios e igrejas antigas que contam a história de sua fundação e desenvolvimento. Em cada praça não podia deixar de registrar tanta beleza e tranquilidade em meio a uma cidade agitada.
Conhecemos o museu Histórico Nacional, Plaza das Armas, Catedral de Santiago e Museu de Arte Precolombino no mesmo dia, pois todos são muito próximos e é possível fazer o passeio andando e claro, aproveitando cada canto da cidade.
Na cidade de Santiago existem cerros, um deles chama-se Cerro de Santa Lúcia, onde a cidade foi fundada pelo espanhol, Pedro de Valdívia em 12 de fevereiro de 1541. Graças à gestão do intendente Benjamín Vicuña Mackenna (1872-1875), se criou a estrada do Cerro Santa Lúcia e começou a expansão da cidade. Na década de 1880, as salitreiras do norte do Chile trouxeram prosperidade ao país, promovendo o crescimento de Santiago.
Para irmos ao próximo cerro fizemos o trajeto a pé, andamos bastante, porém, é possível fazer com o serviço de metrô da cidade. Funciona muito bem, nos horários de pico assim como São Paulo, são bem cheios, tivemos de comprar um cartão chamado Bip, um bilhete eletrônico que carregávamos com os valores das passagens.
O Cerro de San Cristóbal é um parque municipal e principal mirante da cidade, de onde se tem uma bela vista da Cordilheira dos Andes. Ele abriga o jardim japonês, o Zoo Parque e também existem teleféricos, praças e, no seu ponto mais alto, venda de recordações e a escultura "A Virgem". Pra subir o cerro temos que ir de funicular, esse tipo de trenzinho. Podendo fazer uma parada no Zoológico.
Na descida do cerro você entra no Parque Metropolitano de Santiago, cheio de muito verde, jardins e trilhas para caminhadas.
Já o Museu Belas Artes conserva um patrimônio artístico composto por mais de 3000 peças, adquiridas por meio de compras, doações e premiações dos salões oficiais. Além de uma ampla seção de pinturas e esculturas chilenas, abrangendo a produção artística do país desde o período colonial.
Como estávamos com sorte, conseguimos um guia que nos levou até Valle Nevado e Farellones, a menos de uma hora de automóvel de Santiago, na direção leste. Como chovia na cidade, estas estações de esqui estavam com neve de 30 cm de altura e ainda pegamos uma nevasca que encheram nossos olhos de alegria e emoção! Não pudemos ficar muito tempo, a nevasca estava forte e assim prejudicava muito a estrada de volta. Voltamos para Santiago.
Assim, marcamos com outra empresa de turismo um passeio para uma região chamada Cajon Del Maipo, que converteu-se no oásis dos moradores da capital que desejam respirar ar puro e fugir da intensa atividade da cidade. Existem pequenos povoados de montanha, o caminho é lindo, tendo restaurantes, lanchonetes que servem a famosa empanada! Com vários sabores pra escolher. Mas nosso maior objetivo era chegar em Embalse del Yeso, que se localiza no interior de Cajon, possui uma represa chamada Laguna Negra que se forma ao captar águas do Rio Yeso e do degelo das cordilheiras, essa represa foi construída há 10 anos e é a principal fonte de água potável da cidade de Santiago. A paisagem é magnífica com seu espelho d’água das cordilheiras e cheia de neve! Para chegar até Embalse tivemos de seguir por uma trilha de uns 50 minutos até a represa, pois o carro fica em uma base e o caminho tem de ser feito a pé. Foi tão fantástico pra gente que a todo instante era um flash para registrar imensa beleza.
Na sexta-feira programamos para conhecer a cidade litorânea mais próxima de Santiago, Valparaíso, que já pelo nome dá pra ter uma ideia do que íamos encontrar.....
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